AngelDreamer

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O teu olhar.

Estanco-me, prostrado no lugar onde nasci. Crescido entre iguais de ervas daninhas, deambulo e caminho pelo horizonte do imenso azul. Intermitentes cores em outros que me possessa a inocência da Alma. Fluo incólume, não indiferente mas latente de seguir, voando entre os demais que me fazem esmorecer.
Fixo-me, no saber e no receio de não o ser, não o saber e falhar. Sem o ter. Que estranha travessia de meu interior que se confunde nas entranhas da mentira e da verdade, da pureza do leite materno que me embala negando-me a solidão.
Descubro a ponte. A ponte dos iguais e das cores, as minhas pontes. A ponte física que trilhei em busca de ti, em busca de mim. Embalei-me no teu olhar e vi a luz das árvores levitando no brilho da chuva que caía em nossos corpos. Foi aí que senti a plenitude de teu voar. Abracei-te e em ti, voei. Voei no interior de minha Alma e da tua. Voei, no leito de tua essência e sorriso. E caminhamos. Percorrendo a estrada a Norte de nós, trilhando caminhos de firmeza, dedicada afeição em nosso sentir de inclinação exclusiva. É pleonasmo, porque não? Decalcadas certezas de um sonho, que percorre nas veias de nosso pensamento. Correm céleres, no embalo das tuas canções e desbotam-se no tempo enchendo o frasco da saudade. Nas tuas histórias e misantropias. De teus embalos e sussurros. Converto-me, pleno e dependente das convicções criadas em nosso redor e suspiro entre os trilhos de aço de tua Fonte, de onde vieste e voltaste, atravessando a ponte, para onde choro, de onde nasci. PM

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O Homem veste-se com a mente e despe-se com a boca. PM

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Canto de ti.

Deambulam, por entre teus dedos, em notas de harmonia de um Ser.
Um Ser crescente que, ilumina e aconchega em mil pedaços de um grão de areia.
Um grão de areia de um Universo, cujo olhar não chega.
Cegas-te então, sentindo o perfurante esgar de uma Alma. O grito de uma garganta vazia e a melodia de um Anjo em solfejo levado pelo colo lento de um Adágio. De uma brisa que percorre nas praias de teus pensamentos. Ajoelha-te e enche as mãos, elevando-as aos ventos, largando-os nas asas do momento. Nesse final de ti. De teu tormento. PM