AngelDreamer

sábado, 12 de abril de 2008

DE TI!


PARA TI!
Às vezes eu tento.
Às vezes eu minto, contigo.
Às vezes eu choro.
Às vezes eu morro, sozinho.
É verdade.
Às vezes cruzo a linha. A linha que desenho na areia e suspiro pelo desejo de caminhar ao longo do teu olhar.
Mas temo.
Temo a linha que tracei pelo justo pecado de um abraço.
As brisas de uma música que recuso ouvir, pelas chagas do passado entrelaçado na minha Alma.
Deambulo pelas entranhas da ilusão em devaneio de firmes esperanças. As mesmas que me levaram a ti.
Penso nas imagens vivas da saudade em desafinado escarlate e morro na vastidão do crepúsculo azul.
E continuo.
Magoado entre olhares do meu pensamento, nas árvores de castanho e dourado e nas ruas traçadas por ti, por mim.
Olhaste-me fitando o horizonte e perguntaste por mim.
Triste anjo que me levantas, és cego da imensa luz.
Olhava o horizonte, esvaindo-me por ti.
É outro dia. Dia de sentir. Outro dia, igual ao dia, destroem-se os lugares onde jamais me sentarei.
E outro dia vem. 
Dia de partir. 
Partir de ti e de mim. 
Partirei, pois já (me) partiste.
Acordo na mágoa do amar, almejando o sabor do etéreo, como os rebuçados de laranja e limão. As gomas do destino.
O desejo é eterno. 
É um desafio.
Sussurraram-me uma angústia, e uma gota, de mim te levou.
Foram ventos fortes. 
O tormento.
Um muro de altivos anciãos que me separam entre as tuas lágrimas e o sorriso de um outro momento.
Morri.
Só.
Desapareço e o Sol desponta entre as brumas do sonho.
Sinto a areia entre meus passos e suspiro em desculpar-te pela canção.
É a sensação de violentas facas trespassarem-me a alma sabendo que não cometerás o mesmo erro.
Até lá.
Em mim.
Apenas no caso de não querer morrer.
Pinto-te da mesma forma que te pintaram na capela Sistina.
Mas sou fraco. Sou nada e mortal. Velho de ti, como a tinta que se enruga pelos tempos.
Como o sentes, assim o vês. 
Sou Gente do teu pensamento.
Não esquecerás que um dia será a tua vez.
É apenas um momento.
PM

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Hope Leaves



Sombras
Rodam em sentido adverso de qualquer fundamento, imposições desordenadas, é um estímulo constante como a passagem da noite para o dia.Se crês nas imagens deambulantes como um cão que procura alimento, és a subjugação de um ser que decresce na ostentação de uma miragem.Sejam abraçadas as chagas do interior, pois são o mártir que nunca chega mas que se preserva no inconsciente de cada existência.Bandeiras negras brandidas como causas de efeitos justos, deambulam céleres e descalças de responsáveis idealismos.Sinto o choro do leite materno no ventre conspurcado das ilusões, evocando emoções de faces empatizadas.É jovem o discordar do desconhecido, reflexo da verdade distorcida como as palavras percorridas no infinito olhar.É a morte do Ancião, aquele que percorre as vastas consciências ensinando a influência da guerra da existência ou da reflexão.Os subordinados são bem-intencionados, criam a realeza envolvida na espiritualidade da vida, são mistérios ocultos como uma sub-raça transpôndo o circulo da irracionalidade e da ameaça.O mito do final é a porta do vulgar.Um todo de seres que voam nas almas da esperança, pintando a arte contida na sabedoria do espelho que mostra a verdade do sentimento na imagem de cada alegria.Uma pedra.Forças válidas definidas pelas ruas que percorrem a imaginação nas estradas da mente. É o equilíbrio. Infinito. É tudo, é nada.Perspectivas do confortável caminhar, percorrendo mares sem conhecer os rios, é o risco da incerteza ordenada da procura.O trabalho da identificação e na aceitação da pureza, revela o esforço do vazio.Candidatos errantes. Percorrem céleres em busca de alimento. Enchem as suas entranhas como gordos balões espalhados pelas romarias.Candidatos diferentes na igualdade de tormento, soam como brados, gestos de impotência neste mesmo instante, neste mesmo momento.É a queda das crenças em vasilhames de negro, contidos nas gargantas do terror. Invocam-se mentiras, publicitadas nas paredes do escárnio.É a mente injectada em cada um, a cegueira do silêncio que beija a racionalidade da criação.Subir nas imagens de fotografias esbatidas pelo cansaço de idosos momentos, tais obras de arte emparedadas no olhar plano de quem passa.É como a cidade imortal, acinzentada nas cores de granito e de seus telhados fragilizados mas imponentes na ostentação de seu legado.Desespero em encontrar o conforto daquele calor interior que teima em esbraçejar compulsivamente através das hastes viciadas da teimosa agonia. Deambulares esquisitos, perseverantes de engodos lúgubres. Enterram-se nas areias da miséria e aguardam o momento da germinação. PM