AngelDreamer

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Apenas.

Estou apenas aqui.
A correr como tu. Correndo pelo amor não sabendo o que fazer.

Estou apenas aqui.
A tentar compreender os teus álibis e preciso saber.

Quando me dizes adeus.

Adormeço, precisando de tua ternura, como as almas em seus desejos na sapiência da viagem.

Fizeste-me esperar pelo embalo de teu carinho e gastaste o olhar de um sonho.
Fizeste-me esperar pelo encanto de teu beijo e adormeceste-me nos braços da memória.

Continuo prisioneiro.

Precisando da ternura, abraçando o vislumbre de teu olhar e que ouças. O palpitar de meu sonho.
Pára de gastar o tempo na frescura do teu sorriso e deixa-me agarrá-lo á leveza de meu olhar.

Ausência.

Engano meu corpo, adio a leveza das asas em teus pensamentos e continuo a precisar.
Da ternura de tua essência.

E Rezo. Quando o corpo fala e a Alma chora.
Tudo o resto, é uma visão que teima. Um sonho que já não ouves.

Continuo a precisar.

Continuo.


Apenas.

PM

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Se tu olhasses!

Se tu olhasses.
se tu olhasses e parasses.
Viajarias nos pensamentos.
Se tu parasses.
Acordarias em um momento.
Viajarias nos sonhos e acordavas.
Deambulavas e paravas. Em ti.
Em tua Alma, tocada por mim.
Se tu parasses, ver-me-ias em ti.
Estático, presente. Em teus sonhos de um único momento.
Se tu amasses...
Se tu amasses...
PM

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Desejo de um sonho. Sonho de um desejo.

É essa tua essência que exerces sobre a minha pessoa.
Faz-me abrir os braços.
E a Alma.
És tu que me inspiras.
Inspiras-me a Alma.
A bondade.
Contigo sinto-me, fluo nas palavras de um pensamento teu.
É o que sinto.
Vontade de agarrar o vento por ti.
A beleza está sempre que dizes algo, ou até mesmo quando nada dizes, porque até o silêncio em ti é belo.
A mim, basta-me dançar no brilho de teus olhos.

Nada que escreva se compara á beleza do teu pensamento.
Nem as minhas asas conseguem alcançar o teu abraço aconchegante.
Desejo profundamente sentir teus lábios, como o Mel que escorre em meus sonhos. Em minha pele áspera de vida.
Anseio-me dentro de ti, sentindo o êxtase do teu abraço.
Devaneio-me em convulsões do teu universo e sussurro-te baixinho:
Não me acordes. Para me amares dessa forma que só tu sabes. PM

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O teu olhar.

Estanco-me, prostrado no lugar onde nasci. Crescido entre iguais de ervas daninhas, deambulo e caminho pelo horizonte do imenso azul. Intermitentes cores em outros que me possessa a inocência da Alma. Fluo incólume, não indiferente mas latente de seguir, voando entre os demais que me fazem esmorecer.
Fixo-me, no saber e no receio de não o ser, não o saber e falhar. Sem o ter. Que estranha travessia de meu interior que se confunde nas entranhas da mentira e da verdade, da pureza do leite materno que me embala negando-me a solidão.
Descubro a ponte. A ponte dos iguais e das cores, as minhas pontes. A ponte física que trilhei em busca de ti, em busca de mim. Embalei-me no teu olhar e vi a luz das árvores levitando no brilho da chuva que caía em nossos corpos. Foi aí que senti a plenitude de teu voar. Abracei-te e em ti, voei. Voei no interior de minha Alma e da tua. Voei, no leito de tua essência e sorriso. E caminhamos. Percorrendo a estrada a Norte de nós, trilhando caminhos de firmeza, dedicada afeição em nosso sentir de inclinação exclusiva. É pleonasmo, porque não? Decalcadas certezas de um sonho, que percorre nas veias de nosso pensamento. Correm céleres, no embalo das tuas canções e desbotam-se no tempo enchendo o frasco da saudade. Nas tuas histórias e misantropias. De teus embalos e sussurros. Converto-me, pleno e dependente das convicções criadas em nosso redor e suspiro entre os trilhos de aço de tua Fonte, de onde vieste e voltaste, atravessando a ponte, para onde choro, de onde nasci. PM

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O Homem veste-se com a mente e despe-se com a boca. PM

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Canto de ti.

Deambulam, por entre teus dedos, em notas de harmonia de um Ser.
Um Ser crescente que, ilumina e aconchega em mil pedaços de um grão de areia.
Um grão de areia de um Universo, cujo olhar não chega.
Cegas-te então, sentindo o perfurante esgar de uma Alma. O grito de uma garganta vazia e a melodia de um Anjo em solfejo levado pelo colo lento de um Adágio. De uma brisa que percorre nas praias de teus pensamentos. Ajoelha-te e enche as mãos, elevando-as aos ventos, largando-os nas asas do momento. Nesse final de ti. De teu tormento. PM

sábado, 12 de abril de 2008

DE TI!


PARA TI!
Às vezes eu tento.
Às vezes eu minto, contigo.
Às vezes eu choro.
Às vezes eu morro, sozinho.
É verdade.
Às vezes cruzo a linha. A linha que desenho na areia e suspiro pelo desejo de caminhar ao longo do teu olhar.
Mas temo.
Temo a linha que tracei pelo justo pecado de um abraço.
As brisas de uma música que recuso ouvir, pelas chagas do passado entrelaçado na minha Alma.
Deambulo pelas entranhas da ilusão em devaneio de firmes esperanças. As mesmas que me levaram a ti.
Penso nas imagens vivas da saudade em desafinado escarlate e morro na vastidão do crepúsculo azul.
E continuo.
Magoado entre olhares do meu pensamento, nas árvores de castanho e dourado e nas ruas traçadas por ti, por mim.
Olhaste-me fitando o horizonte e perguntaste por mim.
Triste anjo que me levantas, és cego da imensa luz.
Olhava o horizonte, esvaindo-me por ti.
É outro dia. Dia de sentir. Outro dia, igual ao dia, destroem-se os lugares onde jamais me sentarei.
E outro dia vem. 
Dia de partir. 
Partir de ti e de mim. 
Partirei, pois já (me) partiste.
Acordo na mágoa do amar, almejando o sabor do etéreo, como os rebuçados de laranja e limão. As gomas do destino.
O desejo é eterno. 
É um desafio.
Sussurraram-me uma angústia, e uma gota, de mim te levou.
Foram ventos fortes. 
O tormento.
Um muro de altivos anciãos que me separam entre as tuas lágrimas e o sorriso de um outro momento.
Morri.
Só.
Desapareço e o Sol desponta entre as brumas do sonho.
Sinto a areia entre meus passos e suspiro em desculpar-te pela canção.
É a sensação de violentas facas trespassarem-me a alma sabendo que não cometerás o mesmo erro.
Até lá.
Em mim.
Apenas no caso de não querer morrer.
Pinto-te da mesma forma que te pintaram na capela Sistina.
Mas sou fraco. Sou nada e mortal. Velho de ti, como a tinta que se enruga pelos tempos.
Como o sentes, assim o vês. 
Sou Gente do teu pensamento.
Não esquecerás que um dia será a tua vez.
É apenas um momento.
PM

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Hope Leaves



Sombras
Rodam em sentido adverso de qualquer fundamento, imposições desordenadas, é um estímulo constante como a passagem da noite para o dia.Se crês nas imagens deambulantes como um cão que procura alimento, és a subjugação de um ser que decresce na ostentação de uma miragem.Sejam abraçadas as chagas do interior, pois são o mártir que nunca chega mas que se preserva no inconsciente de cada existência.Bandeiras negras brandidas como causas de efeitos justos, deambulam céleres e descalças de responsáveis idealismos.Sinto o choro do leite materno no ventre conspurcado das ilusões, evocando emoções de faces empatizadas.É jovem o discordar do desconhecido, reflexo da verdade distorcida como as palavras percorridas no infinito olhar.É a morte do Ancião, aquele que percorre as vastas consciências ensinando a influência da guerra da existência ou da reflexão.Os subordinados são bem-intencionados, criam a realeza envolvida na espiritualidade da vida, são mistérios ocultos como uma sub-raça transpôndo o circulo da irracionalidade e da ameaça.O mito do final é a porta do vulgar.Um todo de seres que voam nas almas da esperança, pintando a arte contida na sabedoria do espelho que mostra a verdade do sentimento na imagem de cada alegria.Uma pedra.Forças válidas definidas pelas ruas que percorrem a imaginação nas estradas da mente. É o equilíbrio. Infinito. É tudo, é nada.Perspectivas do confortável caminhar, percorrendo mares sem conhecer os rios, é o risco da incerteza ordenada da procura.O trabalho da identificação e na aceitação da pureza, revela o esforço do vazio.Candidatos errantes. Percorrem céleres em busca de alimento. Enchem as suas entranhas como gordos balões espalhados pelas romarias.Candidatos diferentes na igualdade de tormento, soam como brados, gestos de impotência neste mesmo instante, neste mesmo momento.É a queda das crenças em vasilhames de negro, contidos nas gargantas do terror. Invocam-se mentiras, publicitadas nas paredes do escárnio.É a mente injectada em cada um, a cegueira do silêncio que beija a racionalidade da criação.Subir nas imagens de fotografias esbatidas pelo cansaço de idosos momentos, tais obras de arte emparedadas no olhar plano de quem passa.É como a cidade imortal, acinzentada nas cores de granito e de seus telhados fragilizados mas imponentes na ostentação de seu legado.Desespero em encontrar o conforto daquele calor interior que teima em esbraçejar compulsivamente através das hastes viciadas da teimosa agonia. Deambulares esquisitos, perseverantes de engodos lúgubres. Enterram-se nas areias da miséria e aguardam o momento da germinação. PM